A nova plataforma Trinity, da AMD, foi anunciada faz alguns dias.
Sucessora (e incompatível com as placas-mãe) do Llano, a missão é
complicada: bater de frente com a renomada linha Core iX, da Intel,
também recentemente atualizada. Apostando em processamento gráfico,
baixo consumo de energia e preços mais em conta, será que o Trinity dá
conta do Ivy Bridge?
Pelos reviews que já lemos, do ZTOP e Tom’s Hardware,
em termos absolutos, não, não dá — a coroa no processamento X86 puro
continua em Santa Clara. Mas o Trinity representa um avanço considerável
em relação ao Llano e uma aposta forte na computação visual, fortemente
baseada em gráficos e aplicações que façam uso de GPGPU, ou seja, no
uso da placa de vídeo para processar tarefas “não visuais”.
Ambos os sites testaram a APU A10-4600M, a mais poderosa dessa
primeira leva, com processador de quatro núcleos a 2,3/3,2 GHz, GPU
7660G e TDP de 35W. Essa APU será usada em notebooks mais monstruosos,
que deixam um pouco de lado a leveza e portabilidade para entregar mais
poder de fogo.
Em ambas as análises, ficou clara a vocação do Trinity para a área
multimídia. No Tom’s Hardware, foi apenas nos jogos que a nova APU
derrotou o Sandy Bridge, da Intel. Na exibição de conteúdo em alta
definição, ele parece ainda mais fantástico. No vídeo abaixo, do ZTOP,
um vídeo em Full HD (1920×1080) codificado em H.264 com áudio em FLAC
roda liso enquanto o Prime95 estressa os quatro núcleos de processamento
convencional da APU; tudo ao mesmo tempo, chegando aos limites da
máquina e sem engasgos. Sensacional!
Entretanto, é ali, no processamento, que o Trinity escorrega um
pouco. Em comparação com o Sandy Bridge, a geração 2011 dos
processadores da Intel, ele já perde; contra o Ivy Bridge, a nova
geração que também está para aparecer nas lojas, a diferença deve ser
ainda maior. E com uma agravante: a Intel está aperfeiçoando a sua GPU
integrada. Com DirectX 11 e outras melhorias, ela evoluiu mais do que o
processamento X86 evoluiu na linha da AMD.
A AMD espera que os desenvolvedores implementem rotinas de
processamento gráfico, em special OpenCL, em suas aplicações, para que a
força da Radeon 7660G faça a diferença em tarefas do dia-a-dia. Nos
benchmarks do Tom’s Hardware, aplicações já preparadas para GPGPU foram
bem mais rápidas no Trinity do que no Sandy Bridge, caso do WinZip. A
Microsoft também já confirmou suporte ao Trinity no Windows 8.
Apesar dessa pequena desvantagem no processamento X86, o novo produto
da AMD parece bastante promissor — além da melhora nos gráficos, ele
também gasta menos energia. Se a tradição for mantida e seus preços
serem sensivelmente menores do que os quase-equivalentes da Intel,
notebooks e UltraSlims
com a plataforma Trinity podem despontar como soluções bem
interessantes, especialmente em países emergentes como o nosso. Para ler
os reviews na íntegra, siga os links. [ZTOP, Tom's Hardware]
Nenhum comentário:
Postar um comentário