Hoje finalmente deve ser votado na Câmara dos Deputados o projeto de lei que cria o Marco Civil
da Internet. Circulando há um ano por instâncias políticas, o texto
seria votado ontem, mas as divergências dos parlamentares fez com que
houvesse mais uma protelação.
O projeto, de número 2126/2011, define princípios, garantias, direitos e deveres quando ao uso da rede no Brasil e tem gerado discussões desde sua apresentação pela presidente Dilma Rousseff no ano passado.
Um
dos principais pontos de discórdia, atualmente, é quanto à neutralidade
da internet. O texto propõe que os provedores não façam distinção
quanto a conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo
usado para acessar a web.
Isso significa que se houver problemas
de sinal, por exemplo, a empresa que fornece o serviço não poderá
privilegiar quem paga mais ou quem contrata o pacote mais completo;
todos terão de possuir as mesmas garantias. Ao mesmo tempo, a proposta
impede o favorecimento de alguns sites.
Na outra ponta estão os
que consideram a ideia ruim justamente porque tira a vantagem de quem
pagou mais - em caso de pico, não haveria razão para tratar igualmente
quem tem pacote básico e quem contratou o completo.
Na semana
passada, a Academia Brasileira de Letras também deu um parecer quanto ao
teor do texto, considerando que ele se esqueceu dos autores em
detrimento do direito ao acesso. Para a presidente da entidade, Ana
Maria Machado, "não se pode ter uma legislação que reforce o equívoco de
que os custos do direito de acesso devam recair sobre o direito
autoral". (Clique aqui para saber mais. Ou aqui para conferir os principais pontos do texto.)
Fonte: Olhar Digital
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