Plano de banda larga atenderá menos de 1% das lan houses

Segundo a Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital, apenas 600 das 108 mil pontos públicos de acesso internet serão beneficiados pelo programa do governo federal.
As classes C,D e E, focos principais do Plano Nacional de Banda Larga ( PNBL) podem não ser beneficiadas pelo programa governamental. O alerta foi feito por Mário Brandão, presidente da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital (Abcid).
Segundo Brandão, das 108 mil lan houses existentes no País, apenas 600 (0,55%) terão condições de ser beneficiadas pela linha de crédito que será disponibilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme previsto no PNBL. “Será muito crédito para poucas pessoas. Apenas as lans localizadas nas áreas mais ricas, principalmente de aeroportos e dos pontos turísticos, pegarão esse crédito, não atingindo as pessoas de mais baixa renda que, conforme foi anunciado, seriam as focadas pelo plano.”
A Abcid agrega 11,7 mil empreendimentos como lan houses, lojas de conveniência digital, cyber cafes e centros públicos de acesso à internet. Ela foi uma das entidades consultadas pelo governo durante a elaboração do PNBL.
“Existem, no Brasil, 108 mil lan houses. Destas, apenas 15 mil têm Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), e 3,8 mil têm alvará de funcionamento. Se considerarmos as que têm patrimônio empresarial ou pessoal para ter acesso a empréstimos, esse número cai para 800. E se o crivo de corte do cartão do BNDES não mudar, apenas 600 dos 108 mil empreendimentos poderão ser beneficiados”, disse Brandão.
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