sexta-feira, 11 de junho de 2010

Coreia do Norte cria a tecnologia que o mundo não vê


Em abril, os norte-coreanos lançaram o Estrela Vermelha, um sistema operacional próprio

Pense um pouco sobre a Coreia do Norte e certamente a última idéia a respeito será tecnologia. Mas a verdade é que, longe dos olhos do mundo, um dos últimos países comunistas - e certamente o mais fechado - está criando um indústria tecnológica à sua moda.

Informações sobre os norte-coreanos que chegam ao Ocidente mostram um país atrasado, onde, em vez de navegarem na internet, estudantes aprendem com versões impressas dos sites. Mas é o mesmo país que não apenas desenvolveu armas nucleares como vem formando engenheiros e cientistas numa velocidade que já atraiu a atenção de empresas ocidentais.

Enquanto nos países em desenvolvimento, mesmo na Índia, conhecida por se destacar no setor, empresas de tecnologia geralmente são pequenas e empregam menos de 100 pessoas, na Coreia do Norte há indústrias com mais de mil funcionários.

"O governo está enfatizando a criação de uma indústria de tecnologia da informação", disse Paul Tija, um consultor holandês de mercados, à edição americana da revista PC World. "A disponibilidade de equipe é muito grande".

A internet ainda é para poucos - apenas uma elite em um país onde a população ainda enfrenta ondas de fome. E nem é a internet, mas uma "intranet" que dá acesso apenas a um pequeno número de sites considerados inofensivos. Celulares e computadores estão banidos para a maioria da população. Atualmente, todavia, a Coreia do Norte tenta se desenvolver em áreas como animação, dados e software para celulares. O governo americano proíbe que empresas do país tenham negócios com a Coreia do Norte. Outros governos não impõem a mesma restrição e, mesmo com certa vergonha, estão tomando a dianteira em investimentos na terra de Kim Jong Il, o exótico líder norte-coreano.

O avanço nuclear exigia engenheiros, físicos e matemáticos, que surgiram utilizando tecnologia própria ou copiando a do Ocidente. Hong Kong, Cingapura, Tailândia e Taiwan fornecem aquilo que falta - civil ou militar -, driblando as sanções do Ocidente. Kim Jong-nam, o filho mais velho de Kim Jong Il, estudou ciências da computação numa escola da Suíça, e é o atual chefe da Agência de Segurança do Estado. Foi o criador do Centro de Computação da Coreia do Norte, a principal agência a orientar a tecnologia da informação no país.

Em abril, o governo local anunciou ter criado o "Estrela Vermelha", um sistema operacional próprio, baseado em Linux e, inspirado em versões antigas do Windows da Microsoft, dez anos defasado. Nos fliperamas de Pyongyang - mostram as fotos de um turista inglês postadas na internet -, os fãs se divertem com versões toscas de jogos dos anos 90 em máquinas mal acabadas. O governo mantém no ar sites sem nenhum recurso como aqueles ocidentais no fim dos anos 90, um deles com uma estranha versão em esperanto, a língua criada para ser universal, mas que nunca pegou. Antes de rir é bom lembrar que também era assim na China pouco mais de uma década atrás. E deu no que deu.

O país também criou com uma unidade de guerra cibernética, visando computadores americanos e da Coréia do Sul.

Idade Média

Em 2000, Kim Jong Il foi motivo de risadas no Ocidente ao pedir o e-mail da então secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright, que visitava o país. Dez anos depois, fora os testes de mísseis que de vez em quando irritam o Ocidente e o Japão, a Nosotek é o maior sucesso do país no setor. Trata-se da primeira parceria entre empresas ocidentais e o governo local. Instalada na capital Pyongyang, afirma empregar 50 programadores norte-coreanos, atraídos pelas condições de trabalho semelhantes às do Ocidente e acesso à internet, em jogos em Flash ou para celulares.

Volker Eloesser, presidente da Nosotek, elogia os conhecimentos dos engenheiros locais, mas disse que a falta de informações era grande para a parceria funcionar até a empresa decidir se instalar no país. Havia a barreira da linguagem e a falta de experiência dos norte-coreanos em lidar com companhias estrangeiras. Mas, disse à PC World há também uma grande vantagem.

"É um dos locais mais competitivos do mundo. Não há muitos lugares onde você pode encontrar o mesmo nível de conhecimento por esse preço. Há especialistas em todas as principais linguagens de programação, software e design 3D, vários tipos de tecnologia, Linux, Windows e Mac".

E os desafios? Um engenheiro normal não tem acesso à internet. Desenvolvimento de programas que precisam da web acabam realizados na China. Não há imprensa livre, liberdade religiosa ou oposição organizada ao governo. A programação de rádio e de TV é estatal. Centenas de milhares de presos políticos vivem em campos de detenção e o país, além de rotineiramente fazer prisões arbitrárias e torturas, ainda realiza execuções públicas. O século XXI ainda é uma ilha em um país com práticas da Idade Média.

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