Contagem regressiva: faça sua inscrição para o Digital Age 2.0

A dura travessia entre uma era analógica para outra completamente digital nos coloca diante de uma série de desafios. Os paradigmas que durante o século XX regeram a relação entre mídia, empresas e consumidores foram destronados, mas o mundo novo ainda desperta dúvidas e incertezas.
O que se sabe com segurança é que, na era das redes sociais, os consumidores estão hiperconectados, fato que por si só gera uma reação em cadeia na comunicação, no marketing e nos negócios.Esse é o cenário que norteará as discussões da quarta edição do Digital Age 2.0, conferência internacional sobre comunicação e marketing na era digital que será realizada nos dias 18 e 19 de agosto, no Sheraton WTC Hotel, em São Paulo.
Organizada pelo Now!Digital Business, que edita o IDG Now!, o evento tem uma programação montada com o objetivo de colocar os participantes diante do que há de mais avançado nas reflexões e práticas do universo digital. A grade procurou englobar visões sobre os principais aspectos ligados às redes sociais e ao mundo digital. Para isso, convidamos alguns dos principais especialistas internacionais e nacionais para palestras e debates.
Conheça melhor alguns dos palestrantes:
Consultor, empreendedor e investidor, Guy Kawasaki também é autor de nove livros, mas continua a ser lembrado por sua passagem marcante pela Apple na década de 1980, como evangelizador da então estreante plataforma Macintosh. Seu currículo, no entanto, é recheado de experiências de sucesso em inovação e empreendedorismo – e é sobre inovação na era digital que Kawasaki falará no Digital Age 2.0.
Por meio do tema “Inovação em Comunicação Digital: Run, Mad Men, Run”, Kawasaki vai explorar o que está em preparação nos bastidores das empresas de Internet e startups do Vale do Silício, além de provocar a audiência com razões pelas quais todos deveriam abraçar cada oportunidade de testar e usar todas as tecnologias digitais disponíveis agora em projetos de marketing digital.
Brian Solis
O relacionamento entre as marcas e seus consumidores sofreu mudanças profundas com o surgimento das redes sociais. Se antes a comunicação com os clientes se dava especialmente pela mídia de massa e alguns canais de interlocução muito bem controlados, como SAC, com as mídias sociais as relações públicas precisam se reinventar.
Esse é o ponto sobre o qual trabalha Brian Solis, um dos mais importantes especialistas em RP 2.0 do mundo. Autor do blog bub.blicio.us e colaborador do TechCrunch, do BrandWeek e do Mashable, Solis acaba de publicar o livro Engage, no qual fala como as marcas podem se engajar na conversa com suas audiências. Para ele, as empresas devem buscar a fusão entre a criatividade e a comunicação, com ações combinadas de mídia tradicional e aquelas que são capazes de engajar o consumidor, potencializando os resultados das ações.
Clara Shih
Em 2009, quando o uso corporativo das redes sociais ainda engatinhava, Clara Shih lançou seu livro The Facebook Era, que mostrava como o site de Mark Zuckerberg iria revolucionar as redes sociais em todo o mundo. Especialista em redes sociais e com passagens por empresas como Microsoft e Google, Clara falará no Digital Age 2.0 sobre como as corporações podem se inserir nesse novo mundo.
Para a especialista, o sucesso do Facebook se deve à sua abordagem, focada no que as pessoas gostam e não no que elas procuram, como faz a Google. Além disso, a base de dados do Facebook, que ultrapassa 500 milhões de usuários, é uma fonte respeitável no que diz respeito a publicidade direcionada. A “brincadeira”, como afirmavam algumas empresas ao se referir ao Facebook, tornou-se o site mais acessado do mundo e uma peça estratégica para qualquer empresa que queira ter posição relevante frente a seus clientes e consumidores – exatamente como previa Shih.
Shiv Singh
Os riscos às empresas representados pelas redes sociais vão além das questões da privacidade, alerta Shiv Singh, atual diretor de engajamento digital e mídia social da PepsiCo e que por 11 anos trabalhou para a agência digital Razorfish.
Para Singh, que também é autor do livro Social Media Marketing for Dummies, atualmente mídia social é mídia – e ponto. E, como toda mídia, está suieita aos mesmos riscos, como o de ser comercializada, politizada e se tornar exageradamente poderosa, diz. Em sua gestão, a PepsiCo tem se engajado criativamente em campanhas de rede social, como a que destina parte de sua verba de marketing para ações que amenizem os efeitos do desastre ecológico no Golfo do México. Mas com uma diferença: tanto os projetos quanto a destinação do dinheiro será decidida interativamente pelos consumidores, por meio da Internet.
Andrea Harrison
Vice-presidente da Razorfish e responsável pela divisão de Social Influence Marketing, Andrea Harrison traz ao Digital Age 2.0 uma questão tão intrigante quanto poderosa: como transformar os consumidores de seus produtos ou serviço em defensores de sua marca.
Harrison destaca que nunca os consumidores estiveram tão online e suas escolhas têm sido feitas com base na opinião de amigos, especialistas e até pessoas completamente desconhecidas – a chave, aqui, é fazer com que as empresas se liguem aos consumidores seguindo as regras deles, quando e onde eles escolherem.
Gabriel Saénz de Buruaga
A cultura imediatista privilegia ações de comunicação pautadas apenas no resultado gerado pelo último ponto de contato com o consumidor. No entanto, há muitos meios de contato com esse consumidor e cada um deles tem potencial para geração de venda, lembra Gabriel Sáenz de Buruaga, co-CEO Mundial do Havas Digital.
A Havas Digital reúne cinco agências de mídia ao redor do mundo. Como executivo do grupo, Sáenz lidera o trabalho de serviço a clientes e de desenvolvimento de produtos e novas iniciativas em oito regiões, incluindo América do Norte, Europa e América Latina.
Patricia Peck
O que é o direito de propriedade intelectual na era da web 2.0? Direito autoral ou cultura do remix? Será o fim do copyright? O que nos aguarda? Perguntas como essas estão na cabeça de produtores de conteúdo, veículos e empresas. O assunto ganhou força em função de decisão recente da Justiça dos EUA, que deu ganho de causa ao YouTube em processo movido pela Viacom. A ação tinha como alvo cópias não autorizadas de filmes, programas e séries de TV, por usuários do site do Google.
Uma das maiores especialistas em direito digital do Brasil, a advogada Patricia Peck, colunista do IDG Now! faz um paralelo deste caso com o do site Pirate Bay, que permite o download de conteúdo multimídia, muitos dos quais protegidos por direitos autorais. A sobrevivência do site está ameaçada por processos na Europa. Seria o YouTube uma espécie de Pirate Bay? Para a Dra. Patricia, não.
Michel Lent
Se durante décadas o jornalismo se sustentava por meio de receitas de assinaturas, venda em bancas e publicidade, hoje as empresas jornalísticas se veem na berlinda em função da cultura do conteúdo grátis na web. Para Michel Lent, gerente-geral da Ogilvy Interactive, há um detalhe nessa história que não recebe a devida atenção ou está sendo esquecido: se ninguém pagar pelo conteúdo, como os produtores de conteúdo pagarão suas contas?
Lent acrescenta que, na medida em que os modelos ‘tradicionais’ de produção e distribuição de conteúdo sumam do mapa, não há necessariamente modelos que os substituam, o que pode trazer sérias consequências não apenas para a indústria da comunicação, mas para a sociedade em si.
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