Vírus pode invadir computadores sem que o usuário abra o arquivo contaminado
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Basta abrir um arquivo inocente na mesma pasta que o vírus para ser contaminado, Word, Firefox e Windows Media Player estão entre programas afetados
Em nota técnica publicada esta semana, a Microsoft está alertando administradores e programas da ocorrência de ataques que afetam diversos programas populares, contaminando computadores sem que o usuário abra um arquivo específico. Para ser infectado, basta abrir um arquivo que esteja na mesma pasta que o vírus, mesmo que a pasta esteja em um pendrive ou sendo acessada pela internet através de WebDAV ou SMB
A lista de programas vulneráveis inclui aplicativos populares e mesmo alguns que já vem instalados no Windows. Uma das listas de programas confirmadamente afetados, mantida pela consultoria Secunia, soma mais de 30 aplicações, entre elas o Mozilla Firefox, o Microsoft PowerPoint e o Windows Media Player Classic. Até um antivírus, o o avast!, consta como potencial porta de entrada para este ataque. Uma lista atualizada mais dinamicamente por um grupo de hackers expõe ainda mais programas, entre eles o Microsoft Word 2007.
A origem do problema é a maneira como os aplicativos lidam com arquivos DLL, que funcionam como pequenos programas chamados pelos aplicativos para realizar algumas tarefas. Por exemplo, ao tentar abrir uma imagem, o Photoshop envia um comando para que o arquivo DLL crie a janela de abrir arquivos – é por isso que muitos janelas no Windows são tão parecidas, pois frequentemente elas são o mesmo arquivo DLL rodando.
No ataque em questão, um arquivo DLL falso é colocado na mesma pasta que um arquivo a ser aberto. Ao tentar abrir o arquivo, a aplicação busca na mesma pasta as bibliotecas que realizam as tarefas necessárias. Neste momento, se o nome do DLL “do mal” for o o mesmo que uma biblioteca DLL usada pelo programa, ele será executado e o malware terá toda a liberdade que o aplicativo legítimo tem para fazer alterações no computador.
Em um artigo sobre o tema, a Microsoft declara que isto não é uma falha do Windows: procurar arquivos DLL em pastas é um comportamento importante e útil em várias situações. O problema surge quando programadores não tomam medidas para conferir se as bibliotecas carregadas são as originais. Apesar da argumentação, a empresa disponibilizou uma ferramenta paliativa, que permite ao administrador do computador ajustar este comportamento, tanto no sistema como um todo quanto para cada aplicação.
Este tipo de falha não é novidade: um relatório sobre este mecanismo de ataque data de mais de dez anos atrás, e recomendações da agência de segurança dos EUA, a NSA, já aconselhavam sobre como evitar o problema há 12 anos, informa o site especializado “The H Security”.
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