quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CCE WIN T25L: um notebook doméstico bastante acessível

Portátil tem preço baixo e boa configuração de hardware, mas sistema operacional e autonomia de bateria deixam a desejar.

O CCE WIN T25L é um notebook que nos chamou a atenção pelo preço baixo: é possível encontrá-lo em grandes lojas por cerca de R$ 1.400, e no final do ano algumas redes chegaram a fazer promoções com notebook mais mochila pelo mesmo preço. Isso aguçou nossa curiosidade. E o hardware, baseado num processador Core i3 da Intel, não é de se jogar fora.

Mas não existe milagre: se o preço é tão baixo alguma coisa teve de ser sacrificada. E no caso do T25L foram várias, entre elas o design, o sistema operacional e a autonomia da bateria. Ainda assim, ele pode ter apelo para alguns usuários. Continue lendo e veja como esta máquina se sai no dia-a-dia.

Hardware e Design

O CCE WIN T25L tem bom hardware para um notebook doméstico básico: um processador dual-core Intel Core i3 330M de 2.13 GHz, 2 GB de RAM, HD de 500 GB, vídeo Intel integrado, monitor LED widescreen de 14.1 polegadas com resolução de 1366 x 768 pixels, webcam de 1.3 MP e interface Wireless 802.11b/g.

O design é muito simples e o gabinete é feito de plástico preto polido, o popular “black piano” que, como muitos sabem, acumula marcas de impressões digitais com extrema facilidade. Isso dá rapidamente ao aparelho um visual “sujo”. O teclado tem teclas planas e isoladas (o que é conhecido como “estilo ilha”), tendência iniciada pela Apple nos MacBook e seguida por quase todos os fabricantes atuais.

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CCE WIN T25L: bom hardware e design básico

O trackpad é, pra resumir em uma palavra, horrível. Ele é feito com o mesmo plástico do restante do gabinete, que torna difícil deslizar os dedos com a velocidade e precisão necessárias para o uso confortável. É como tentar deslizar com tênis com solado de borracha sobre um piso de granito polido: o tênis “pega” no granito. A mesma coisa acontece com os dedos no trackpad.

Todas as portas ficam nas laterais, amontoadas próximas à região frontal do gabinete, o que é péssimo do ponto de vista de ergonomia. O problema é mais sério no caso das três portas USB, que ficam juntinhas na lateral direita. Se você plugar um pendrive grandalhão em uma delas, por exemplo, não vai conseguir usar a porta do lado. Com apenas três portas, isso é inaceitável.

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Portass USB e um exemplo do problema: o pendrive da esquerda bloqueia a porta do meio

Outro problema, desta vez decorrente de uma decisão da CCE Info: os painéis inferiores que dão acesso aos pentes de memória e ao HD tem os parafusos cobertos por lacres, o que impede que o usuário faça o upgrade da máquina por conta própria sem perder a garantia. Estes são justamente os componentes mais atualizados em um portátil, e muitos fabricantes encontraram formas melhores de conciliar a garantia com o desejo dos usuários de aprimorar suas máquinas.

Software

O sistema operacional do T25L é o Satux, uma versão (“distro”, no jargão) de Linux desenvolvida pela própria CCE. Se você nunca usou o Linux, não precisa se preocupar: a organização do desktop lembra bastante o Windows, com um Menu Iniciar com os aplivativos, barra de tarefas e ícones no desktop.

A quantidade de software inclusa com o sistema é impressionante para quem está acostumado com PCs com Windows. Há um pacote Office completo (o BrOffice.org, a “versão brasileira” do OpenOffice.org), navegador (Firefox), clientes de e-mail e mensagens instantâneas, media players (para música, vídeos em vários formatos e DVDs), software para ilustração, editor de imagens, alguns jogos simples e utilitários variados, como gravador de CDs e DVDs e compactador de arquivos.

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Satux: menus e desktop similares ao Windows

Não há software anti-vírus, comum em PCs com Windows. Não se trata de omissão da CCE Info: o Satux, assim como outros Linux, é imune à vasta maioria dos vírus, worms e trojans que circulam pela internet, criados para atacar apenas sistemas Windows.

Mas há alguns probleminhas, a começar pela organização dos menus que em alguns pontos é confusa. Por exemplo, não faz muito sentido ter os programas para edição de imagem em um submenu do item “Escritório” no menu principal. Algumas descrições também são confusas: se o usuário deseja escrever um texto, faz mais sentido usar “Processador de Texto” que “BrOffice.org Writer”, embora o último seja o software mais poderoso para a tarefa.

Também há redudância: qual é a diferença entre “Visualizador de Imagens” e “Visualizador de Imagens GThumb”? E porque instalar dois pacotes Office? Além do BrOffice.org está instalado na máquina o Gnome Office, composto entre outros pelo editor de textos AbiWord e pela planilha eletrônica Gnumeric. Estes programas trazem menos recursos que seus equivalentes no BrOffice.org e são menos compatíveis com documentos criados pelo Microsoft Office. Ou seja, não trazem vantagem nenhuma para o usuário e só servem para ocupar espaço em disco.

Não há uma loja de aplicativos, nem uma forma óbvia para o usuário de procurar e instalar novos programas (e seus programas para Windows não vão funcionar). E me preocupo com as atualizações de sistema: assim que a máquina entrou online recebi um alerta dizendo que haviam “713 atualizações disponíveis”. Mas depois de passar pelo processo de download de quase 400 MB de arquivos a atualização não se completa, pois um deles tem uma “assinatura” que não bate com o esperado pelo sistema. O resultado? Uma hora perdida e nova mensagem de “atualizações disponíveis” no próximo boot.

Por essas e outras (especialmente pelo problema com as atualizações), não recomendo o uso do Satux para o usuário doméstico. Há duas opções: migrar para o Windows pagando por uma licença avulsa do sistema (cerca de R$ 399 pelo Windows 7 Home Premium) ou usar uma outra distribuição Linux. Nesse caso a recomendação é o Ubuntu, uma das distribuições mais populares na atualidade, que é gratuita, muito fácil de usar e constatemente atualizada.

Aliás, fica a pergunta: porque diabos a CCE Info reinventou a roda com o Satux e não colocou o Ubuntu na máquina de uma vez? A impressão inicial sobre o usuário seria muito melhor.

Desempenho

Não posso reclamar do desempenho do CCE T25L. Ele executou todas as tarefas do dia-a-dia sem reclamar, e não teve problemas nem ao reproduzir vídeo em alta-definição: clipes em HD (720p) ou Full HD (1080p) tocam sem problemas, tomando apenas 15% da capacidade do processador.

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Porta HDMI (segunda, da esquerda para a direita): conexão a TVs de alta-definição

Combinado ao monitor com iluminação LED, isto faz do T25L uma boa máquina multimídia. Mais ainda se considerarmos que ele tem uma porta HDMI, que pode ser usada para conexão a uma TV de alta-definição.

Bateria

O principal atrativo de um notebook é a mobilidade. O usuário sacrifica tamanho de tela e capacidade de expansão em troca da possibilidade de usar o computador onde quiser, seja deitado em uma rede na varanda, debaixo de uma árvore no parque ou durante um vôo longo. Mas de nada adianta um sistema portátil se ele precisa ficar preso à tomada.

Nosso benchmark padrão de bateria (o Battery Eater) não funciona no Linux, portanto testei o T25L sob condições do mundo real. Carreguei a bateria, me conectei a uma rede Wi-Fi, coloquei o brilho da tela em 50% e abri meu conjunto padrão de aplicativos: o navegador Firefox com uma dúzia de abas variadas, um editor de textos (BrOffice.org Writer) e um MP3 Player.

Nesse perfil, navegando na web praticamente o tempo todo e com música tocando ao fundo, a autonomia de bateria foi de apenas 2 horas e 20 minutos. Consideramos qualquer coisa abaixo de três horas como inaceitável em uma máquina desse porte, já que o usuário ficará frustrado com a constante necessidade de recarga. Pior foi o tempo de recarga, estimado em mais de três horas e meia.

Veredito

O preço baixo e boa configuração de hardware a princípio fazem do CCE T25L um bom candidato a notebook “de entrada” para quem ainda não tem um portátil ou busca um primeiro PC que já ofereça o benefício da mobilidade.

Entretanto, algumas falhas de design (posição das portas, trackpad) poderão irritar o usuário no dia-a-dia. Problemas intermediários como o sistema operacional podem ser facilmente resolvidos, mas o mais sério, a baixa autonomia de bateria, não tem solução a não ser deixar o carregador e uma tomada sempre por perto.

Se você procura um notebook e pretende gastar o mínimo possível, o T25L é uma opção que deve ser considerada. Entretanto, recomendo gastar um pouco mais e procurar uma máquina com mais “fôlego” para ficar longe da tomada.

CCE WIN T25L
Fabricante: CCE Info
Pontos fortes:

Barato
Boa configuração de hardware

Pontos fracos:

Trackpad horrível
Sistema operacional deixa a desejar
Pouca autonomia de bateria

Se você procura um notebook e pretende gastar o mínimo possível, o T25L é uma opção que deve ser considerada. Entretanto, recomendamos gastar um pouco mais e procurar uma máquina com mais “fôlego” para ficar longe da tomada.

Preço: R$ 1.499,00 em média

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