Google lança g.co, novo encurtador de URLs exclusivo para serviços do grupo

O Google entrou na moda dos encurtadores de URL. Há um tempo, em 2009, lançou o goo.gl e youtu.be (este só para o YouTube).
O goo.gl era restrito no começo, mas pouco depois foi aberto ao público. Resultado: qualquer um pode criar uma URL encurtada com o goo.gl. Apesar de aceitar denúncias e desativar links maliciosos, o Google efetivamente perdeu o controle sobre o que é encurtado por ele. Deve ter se arrependido em partes. Então agora criou o g.co. Bem mais curto e fácil de lembrar.
Dessa vez o g.co é de uso exclusivo dos serviços e páginas da empresa, o que tende a passar a ideia de confiança ao ver um g.co em algum site por aí.
Segundo alguns jornais o g.co foi comprado por um milhão e meio de dólares. O domínio pertencia à .CO Internet SAS. A "extensão" .co é da Colômbia.
Os encurtadores de URL não são tão novos, o TinyURL existe desde 2002, muito antes de qualquer coisa parecida com o Twitter. Um dos objetivos era facilitar a linkagem de URLs longas em listas de discussão, que quase sempre quebram o visual de alguns leitores de e-mail e navegadores (ou pelo menos quebravam, na época) e são chatas. Fora isso lembro de um programa de rádio que vivia usando o serviço para passar URLs pelo rádio: o Plug 700 (depois Plug Eldorado), dos professores de física Tarcísio de Carvalho e Pierluigi Piazzi (era um programa de computação/informática para iniciantes). Mesmo que a URL fosse fácil de falar normalmente era ruim anotar ouvindo pelo rádio, então os links curtos quebravam um galho. São difícies de decorar, mas rápidos para digitar e anotar num papel qualquer. Em 2008, 2009 começaram a surgir "milhares" de serviços parecidos entrando na moda do Twitter, alguns surgiram apenas para tentar ganhar dinheiro com o boom, outros traziam recursos realmente úteis. O TinyURL segue firme e forte, mas já não é tão mais usado.
O problema dos encurtadores é que, em teoria, a internet fica mais lenta - na prática também, mas na prática mesmo é pouca coisa para se preocupar. Em geral vale mais considerar o delay dos DNS, servidores e responsabilidade do serviço (uptime de 99% para cima é essencial para links importantes). A maioria dos usuários não perecebe um atraso causado por um redirecionamento 301 com um servidor rápido. Nesse sentido o goo.gl ganhou bastante confiança por ser do império Google, o que melhorou ainda mais com uma API, permitindo a integração com serviços diversos, como extensões para navegadores.
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