AMD demite 1400, anunciará nova estratégia semana que vem
Quando a AMD anunciou que sua nova estratégia seria voltada para o uso de processadores híbridos, combinando CPU e GPU, muitos ficaram céticos, mas o tempo mostrou que a ideia realmente fazia sentido, a ponto de mais de 70% dos processadores vendidos no último trimestre serem APUs. O grande problema é que apesar da estratégia da AMD ter se revelado acertada, a Intel é que acabou levando a melhor, colocando processadores com GPUs integradas no mercado antes da AMD e (mesmo com um desempenho 3D inferior) conseguindo vendê-los em maior volume que ela. Para complicar, o lançamento do Bulldozer acabou desapontando, com o desempenho do chip ficando bem aquém do esperado.
Prevendo tempos difíceis adiante, a AMD anunciou um plano de reestruturação, que incluirá a demissão de 1400 funcionários (mais de 10% da força de trabalho da empresa) e outras medidas para cortar custos, que resultarão em uma economia anual de pouco mais de US$ 200 milhões anuais. O press release naturalmente coloca as mudanças de forma positiva, falando em "melhoria da competitividade" e "crescimento acelerado", mas a verdade é que a demissão de um percentual tão grande de funcionários (muito embora a maior parte deles do departamento de marketing) soa como uma estratégia arriscada, que terá consequências sobre o desenvolvimento de futuros produtos e sobre a moral da equipe.
Um novo anúncio será feito semana que vem, apresentando a nova estratégia da empresa para lidar de forma mais efetiva com o avanço da Intel. É esperado que daqui em diante a AMD passe a colocar mais ênfase em produtos destinados ao consumidor final, especialmente nas linhas de processadores de baixo consumo. Nesse cenário, a arquitetura Bobcat, usado na plataforma Brazos (Zacate, Ontario, etc.) terá uma importância ainda maior do que o planejado anteriormente, sendo usados em netbooks, tablets e notebooks de baixo consumo. A AMD planeja também introduzir versões de mais baixo consumo do Brazos, destinadas a tablets e quem sabe até mesmo a smartphones. A má notícia é que a AMD continuará sem um processador capaz de competir com a Intel no high-end, pelo menos até o lançamento da família seguinte.
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