Oi antecipa plano de universalização da banda larga no país em um ano

Cobertura nacional será finalizada até dezembro, diz presidente da operadora.
Exceção é SP, área coberta pela Telefônica, na qual a empresa não atua.
A Oi vai antecipar em um ano a instauração da rede de banda larga em todo o país, exceto em São Paulo, onde a empresa não atua no setor, pois a região é coberta pela Telefônica. Isso acontece em meio à reativação da Telebrás, que visa também a universalização da rede de transmissão de dados de alta velocidade no país.
De acordo com o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, a universalização da banda larga era razoavelmente simples, já que foi necessário criar a infraestrutura para a telefonia, com tecnologia capaz de interligar redes.
“O que nós fizemos foi antecipar um ano a nossa obrigação, que era a de colocar a banda larga no Brasil inteiro no final de 2011 e nós antecipamos, colocando banda larga no Brasil inteiro até o final de 2010”, disse Falco, após participar da 22ª edição do Fórum Nacional, promovido pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Falco lembrou que a universalização é parte de uma obrigação imposta pelo governo, já que o negócio não é rentável. Primeiramente foi firmado um contrato com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e depois foi feito um compromisso com a Casa Civil de colocar banda larga em todas as escolas do Brasil.
O executivo ressaltou que a antecipação “não tem nada a ver” com a questão da Telebrás.
Durante o evento, sem fazer referência direta à Telebrás, Falco disse: “Se mandar botar banda larga no Brasil, a gente bota, se mandarem parar, a gente bota assim mesmo”.
Involução
O presidente da Oi considera insustentável o atual modelo de negócios para a banda larga no mundo. Ele acredita que a receita para as empresas é constante, mas que os investimentos necessários são crescentes porque o consumo tende a se elevar.
“Eu diria que na parte de voz tem uma evolução muito grande, o que é bom, mas não é reconfortante. Eu diria que na parte de dados vai ter uma involução muito grande. Nós não conhecemos no planeta nenhum modelo de negócios onde a receita é constante e o investimento é crescente. Não para de pé”, disse Falco.
Para o presidente da Oi, não há o que comemorar, mesmo com as evoluções conquistadas nos sistemas de transmissão de voz. A solução encontrada internacionalmente para a equação não foi considerada muito simpática, já que envolveria o aumento de preços cobrados ao consumidor.
Ele disse que, em um mercado competitivo, a previsão de reajuste de preços acontece todos os dias. “Hoje você tem um mercado competitivo. Todo dia há readequação de pacote de dados. Hoje eu garanto que você consome mais por um preço menor do que fazia alguns anos atrás e garanto que daqui a alguns anos vai continuar essa tendência”, afirmou.
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